2011. Um ano de Polêmicas e Oportunidades.

  

Estamos caminhando para o fim de mais um ano. Muita gente já remexe as gavetas para descartar algumas coisas, reaproveitar outras e principalmente reciclar aquilo que utilizou durante o período. O ano de 2011 termina  deixando um rastro de mudanças no mundo todo. Seja em Wall Street  ou no Parque Vitória Régia, por motivos  comuns ou não, muita gente tomou coragem e se permitiu ir às ruas para dizer o que pensa (ou o que acha que pensa).  Independente das motivações, se livres ou submetidas a garrotes partidários ou midiáticos, a verdade é que o mundo foi sacudido por um vento diferente ( seria o sopro de vida da primavera Árabe ou os cansados da paulista?).

Na questão ambiental tivemos muitas polêmicas.  Discussões que ainda vão se arrastar por muitos anos,  acredito. Mas que pela primeira vez em Bauru ganhou ares de discussão aberta, oxigenada, fora dos gabinetes e dos conchavos que se produziam às noites e madrugadas. O debate  sobre a lei do Cerrado lançou luzes importantes sobre como funcionam (ou funcionavam) as coisas nesta nossa terrinha. Em âmbito nacional encerramos o ano com a construção da Usina de Belo Monte ganhando as redes sociais, a pauta das emissoras de rádio, televisões e jornais.  É pouca energia prá muito estrago, dizem alguns. É uma tentativa de ingerência externa (para travar o desenvolvimento do país) apontam outros.

Sem a petulância de determinar certezas ou verdades acabadas, creio que nesses casos, o mais importante é o debate. A luz do sol é a melhor de todas  a mediadoras. A diversidade de posições  permite  reunir conhecimento, pesar prós e contras e acima de tudo, enxergar quem é quem dentro das questões. Temos a oportunidade de questionar e avaliar posicionamentos. Prestar atenção àqueles que “berram” em nossos ouvidos  tentando incutir suas teses e ficarmos atentos ao silencio enganoso dos que tentam “fingir de mortos”.

Finalmente não devemos nos esquecer que  é impossível dissociar a questão ambiental da disputa pelo poder político e econômico. Não se movem máquinas de guerra gigantescas e caríssimas  apenas pela salvação de povos que não pediram para ser salvos. Não se gasta milhões de reais por um cargo eletivo apenas pelo senso de amor á pátria e desejo de servir. Quando aplicarmos realmente o conceito de sustentabilidade e fizermos valer normas, regras e valores que isso representa,  fique atento aos movimentos, aos bastidores. Você vai se surpreender  ao  notar que o discurso, na maioria da vezes não corresponde à pratica. Não se assuste. Observe e tire suas conclusões.

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