05 de Junho. 1972 – 1992 – 2022
Foi na Conferência de Estocolmo em 1972 que passamos a reconhecer o dia Mundial do Meio Ambiente. Através de uma decisão das Nações Unidas em Dezembro daquele a data foi estabelecida e marca desde então, um dia de reflexão sobre os desafios da sustentabilidade em todo o planeta. Este ano, a Conferência de Estocolmo completa 50 anos, assim como a data comemorativa. Naquele início dos anos 70, a Assembleia Geral das Nações Unidas tinha como foco específico, a questão ambiental. As teses sobre aquecimento global, efeito estufa e a necessidade de equilibrar desenvolvimento e sustentabilidade chamavam atenção do mundo.
Vinte anos depois, na Eco-Rio 92, muitos dos apontamentos
feitos à época da Conferência na Suécia, já poderiam ser sentidos em todo o
mundo e os painéis e fóruns de discussão sobre o aumento da poluição nas
grandes cidades, a perda de florestas importantes e o reflexos no clima já eram
mensuráveis. Trinta anos depois não há mais dúvidas em relação aos impactos que
causamos no planeta em função do nosso comportamento. O consumismo em países
desenvolvidos e a miséria em nações exploradas em suas riquezas ao longo do tempo, criam um ambiente de
opostos predatórios em que o planeta é a maior vítima. Quem já explorou e juntou
riquezas consome sem freio – quem foi espoliado no passado, hoje se sente no
direito de explorar e amealhar riqueza à exemplo dos primeiros.
Em 2022 o tema da Semana do Meio Ambiente no Brasil é: “Uma
só Terra” e tem como foco a vida sustentável em harmonia com a natureza. Cinquenta
anos depois, essa harmonia ou a expectativa gerada em 1972 ou em 1992 ainda
precisa convencer governos e população mundo afora. Talvez ainda teremos que
esperar mais 50 ou 100 anos para atingir os objetivos lançados em Fóruns e
Conferências – a dúvida que nos tira o sono é: O Planeta terá como suportar o
nível de agressão que sofre por tanto tempo ainda?