Ainda neste mês de outubro alcançaremos a marca de 7 bilhões de pessoas vivendo nesse planeta chamado Terra. Como uma espécie predatória que destrói a própria raça e aniquila o meio em que vive, os seres humanos são cada vez mais numerosos e agressivos. Dos exemplares que povoaram algumas regiões do planeta na aurora da humanidade restam poucas lembranças. Talvez pela dificuldade de explicar como chamamos a atual versão do espécime de “homem moderno”. Somos o resultado daquilo que a ciência chama de “evolução”. Criamos mecanismos complexos, meios sofisticados de obtenção dos recursos naturais necessários à nossa sobrevivência e alcançamos excelência na exploração das riquezas que a natureza nos proporciona. Hoje nos perguntamos : a que custo?
Produzimos muito e temos cada vez mais famintos. Desenvolvemos os mais incríveis produtos e procedimentos para a saúde humana e morremos de dengue, febre amarela, esquistossomose. Alcançamos os mais avançados padrões de produção, rendemos cada vez mais, acumulamos bens e fortunas e morremos de tédio, de depressão, de solidão.
Para onde caminhamos? A cada bilhão de pessoas que aumentam a densidade desse planeta vemos crescer as diferenças. As desigualdades. A população cresce mais onde há mais pobres e miseráveis e onde as políticas de saúde preconizadas pelos organismos internacionais não chegam. Enquanto países continentes envelhecem e encolhem sendo cada vez mais fechados, milhões de refugiados se aglomeram em campos criados pelas guerras e ataques que esses mesmos países e continentes, velhos e fechados, criaram para a manutenção do seu status de “líderes da humanidade”.
Infelizmente, caros leitores, esse é o típico caso onde o diagnóstico é menos ruim do que o prognóstico. Sabemos qual o mal que nos aflige. O problema é que não nos dispomos a aderir ao tratamento necessário. Vamos morrer disso, afinal ainda não fazemos distinção entre MATO (sujeira e entulho acumulados em terrenos baldios) E CERRADO.