Depois da Onça morta.

 

 Pela sexta vez em menos de um ano e meio, um felino foi vítima de atropelamento em rodovias que cortam a cidade. E seria talvez um caso sem nenhuma repercussão não fosse o registro fotográfico de um ouvinte da 94 FM. A foto que ganhou as redes sociais e o site da emissora permitiu a discussão pública do assunto novamente. Até por que, nunca se viu tanta rapidez na execução de um serviço por parte de concessionária de rodovias como no enterro desta onça parda. O animal que provavelmente foi atropelado na madrugada ou no início da manhã já havia sido enterrado antes das oito horas da manhã.

Mas por que toda essa discussão em torno de um animal morto?

Esse é exatamente o centro da questão. Não se trata de apenas uma morte. Para ser mais próximo da realidade, são mais de 400 milhões de mortes por ano nas estradas do Brasil. E como aconteceria no caso da onça atropelada aqui, a grande maioria deles acaba se tornando invisível para o grande publico.

Os questionamento feitos em relação aos procedimentos adotados com o enterro relâmpago do animal, permitiram apontar alguns problemas já conhecido por quem atua neste setor mas que passam despercebidos para a maioria das pessoas. A maioria das estradas que corta a cidade não possui passagens de fauna e a região também não dispõe de um centro que possa acolher animais vítimas de atropelamentos.

São dois pontos essenciais para se discutir qualquer ação que se queira iniciar para tentar mudar essa situação. Imprescindível estimular instituições de todos os níveis a se apresentar de acordo com a responsabilidade de cada uma. Urgente pressionar as concessionárias das rodovias a apresentar projetos e cronogramas de obras. No caso específico das estradas sob responsabilidade do estado, que sejam o exemplo e cumpram com seu dever. Chega de acreditar que escondendo o que acontece e evitando a repercussão se resolve o problema. Isso, no mínimo tem outro nome: OMISSÃO.

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